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Orientação Psicológica a Pais: O espaço necessário para cuidar de quem cuida

Atualizado: 21 de abr.

A parentalidade é, sem dúvida, uma das experiências humanas mais intensas e complexas. Amar, proteger, educar e formar um sujeito envolve uma rede de afetos, limites, escolhas e renúncias que atravessam a vida de pais e mães cotidianamente. No entanto, por trás do cuidado com os filhos, quem cuida muitas vezes se esquece de olhar para si. A orientação psicológica a pais surge, nesse contexto, como um dispositivo essencial para a escuta, reflexão e elaboração das angústias que envolvem a função parental.


Orientação Psicológica a Pais por Psi Danielle Bevilaqua


O que é a Orientação Psicológica a Pais?


Diferente da psicoterapia tradicional, a orientação a pais é um processo breve, focado e pontual. Trata-se de um espaço de escuta clínica destinado a mães, pais, cuidadores e também a profissionais envolvidos no cuidado de crianças e adolescentes. É uma proposta que visa acolher as dúvidas, angústias, inseguranças e impasses que surgem na relação com os filhos.

Sob a perspectiva psicanalítica, esse processo não se propõe a oferecer "receitas" ou "soluções prontas", mas sim a ampliar a compreensão dos pais sobre os movimentos inconscientes que atravessam sua experiência parental. Como bem apontou Winnicott, "não existe bébê sem um cuidador". Ou seja, a constituição psíquica de uma criança passa, necessariamente, pela qualidade da relação com seus cuidadores.


Entre o Amor e o Sofrimento: A Função Parental na Contemporaneidade


Criar filhos em tempos de incertezas, excesso de informação, exigências sociais e cobranças de performance pode ser esmagador. O discurso do "pai/mãe perfeito" é uma armadilha que afasta os sujeitos da experiência real da parentalidade.

O psicanalista Renato Mezan, em seus estudos sobre a transmissão psíquica entre gerações, alerta sobre como traumas não elaborados podem se repetir inconscientemente na relação com os filhos. A orientação psicológica permite romper esse ciclo ao oferecer um espaço de fala e escuta.

E a psicanalista Maria Rita Kehl também aponta que o sofrimento psíquico dos pais, quando ignorado, pode se manifestar de forma sintomática nos filhos. A clínica com pais, portanto, não é apenas preventiva; é também um ato de cuidado com a saúde emocional de toda a família.


O Que os tais trazem para a orientação

Orientação Psicológica a Pais por Psi Danielle Bevilaqua

É comum que pais cheguem ao consultório com queixas relacionadas ao comportamento dos filhos: birras, dificuldades escolares, agressividade, isolamento, ansiedade. No entanto, o que se descobre ao longo do processo é que tais comportamentos são apenas a superfície de algo mais profundo.


São recorrentes os dilemas:

  • "Como impor limites sem ser autoritário(a)?"

  • "Por que me sinto culpado(a) mesmo fazendo tudo pelo meu filho(a)?"

  • "Tenho medo de repetir com meus filhos o que vivi com meus pais."

  • "Meu filho está em sofrimento, mas não sei como ajudar."


Esses e outros temas são atravessados por conteúdos inconscientes que a psicanálise ajuda a iluminar. Freud, desde seus primeiros estudos, já reconhecia a importância das primeiras relações na constituição do psiquismo. Klein, por sua vez, trouxe a ideia de que os pais internalizados no aparelho psíquico moldam a forma como o sujeito lida com a realidade.


A função do psicólogo na orientação a pais


O psicólogo que trabalha com orientação parental atua como um facilitador do processo de simbolização. Ele oferece escuta qualificada, sem julgamento, permitindo que os pais possam elaborar suas angústias e encontrar novas formas de lidar com os desafios cotidianos.

Danielle Bevilaqua, psicóloga clínica com formação em psicanálise, possui ampla experiência com o atendimento a pais, cuidadores e famílias. Seu trabalho valoriza a singularidade de cada história e reconhece que cada parentalidade é única. Sua atuação está pautada no respeito, escuta e comprometimento com o cuidado emocional.


Orientação Psicológica a Pais por Psi Danielle Bevilaqua

Estudos de caso: Quando o espaço de escuta faz diferença


Caso 1: Uma mãe procura orientação por causa da agressividade repentina do filho de 5 anos. Ao longo dos atendimentos, percebe-se que a criança reage ao clima de tensão familiar gerado por uma separação recente. A mãe, ao elaborar sua própria dor, consegue reencontrar caminhos para acolher o filho.


Caso 2: Um pai busca orientação porque seu filho adolescente está apático e retraído. No processo, ele acessa memórias da sua própria adolescência marcada por silêncios e exigências. Ao ressignificar sua história, abre-se para um vínculo mais empático com o filho.


Orientação Psicológica não é "conserto de criança"


É importante desfazer um mito comum: procurar orientação não significa que há algo "errado" com a criança. Na verdade, esse movimento revela um gesto de responsabilidade afetiva e maturidade emocional dos pais.

A orientação é uma forma de cuidar da relação, de promover escuta, empatia e autorreflexão. Como dizia Donald Winnicott, "ser mãe ou pai suficientemente bom já é muito".

Orientação Psicológica a Pais por Psi Danielle Bevilaqua

Quando buscar?


  • Quando os conflitos com os filhos se tornam frequentes e intensos.

  • Quando há dificuldades de comunicação na família.

  • Quando os pais se sentem sobrecarregados, confusos ou inseguros.

  • Quando há mudanças importantes na dinâmica familiar (como separação, morte, chegada de um irmão).


Conclusão: Cuidar da relação, não do controle


Orientação Psicológica a Pais por Psi Danielle Bevilaqua

A orientação psicológica é um convite à escuta do que não é dito, mas sentido. É um espaço para que pais possam se escutar e, assim, escutar melhor seus filhos. Em um mundo que exige pais "eficientes", é revolucionário ser um pai ou mãe mais presente, mais sensível, mais conectado emocionalmente.

Se você sente que precisa de apoio para compreender melhor seu lugar como pai, mãe ou cuidador, saiba que há espaço para isso. A Psicóloga Danielle Bevilaqua oferece atendimentos online, com escuta acolhedora, embasamento técnico e uma trajetória consolidada na clínica psicanalítica.

Para conhecer mais sobre esse trabalho, acompanhe os conteúdos do blog ou as publicações nas redes sociais da Danielle Bevilaqua. Talvez você se identifique com alguma história compartilhada por lá.


Se precisar, estou à disposição!

Contato Psi Danielle Bevilaqua
Vamos juntos nessa jornada!














📚 Leitura Recomendada


Título: O Cuidado em Psicanálise

Autor: Christian Dunker


Por que ler: O autor discute o lugar do cuidado como gesto clínico e político. Excelente para ampliar a escuta sobre parentalidade, ética do cuidado e subjetividade.



Título: Mal-estar na Maternidade: Do Infanticídio à Função Materna

Autora: Vera Iaconelli


Por que ler: Neste livro denso e sensível, Vera Iaconelli problematiza as idealizações da maternidade e expõe as angústias, ambivalências e pressões psíquicas que atravessam a mulher-mãe. É leitura fundamental para quem trabalha com escuta clínica de mães ou deseja compreender os efeitos subjetivos da parentalidade na contemporaneidade.



📚 Leitura Complementar


Título: A Criança Terceirizada

Autora: Lúcia Helena Assumpção Rodrigues


Por que ler: Uma reflexão contemporânea sobre parentalidade, culpa e os dilemas do cuidar no mundo moderno.



🌐 Referência Externa sugeridas:


Título: Parentalidade – A Terra é Redonda

Autora: Vera Iaconelli


Por que acessar: Neste artigo, Iaconelli discute a parentalidade para além da configuração biológica ou tradicional, propondo uma escuta sobre os atravessamentos sociais, afetivos e éticos que formam os vínculos entre adultos e crianças. Um ótimo complemento para reflexões sobre o papel dos pais no cuidado com os filhos — e consigo mesmos.


Por que acessar: O Instituto Alana desenvolve ações para promover o desenvolvimento integral da criança, o fortalecimento dos vínculos e a escuta das necessidades emocionais no ambiente familiar. Uma fonte rica para pais, cuidadores e profissionais da saúde mental.


Por que acessar: Oferece conteúdos de apoio emocional, cuidado com a infância e orientações para famílias em diferentes contextos. Conecta as práticas de cuidado com políticas públicas e direitos da criança.

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