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- Danielle Bevilaqua
- 30 de jan.
- 3 min de leitura
Atualizado: há 17 horas
Compartilho neste post minhas reflexões sobre temas que nos tocam profundamente: psicologia, afetos, arte, identidade, maternidade e a complexa experiência de ser mulher em um mundo com raízes coloniais. Sinta-se à vontade, este é o meu e o seu blog.
Quem sou eu e por que esse blog existe?
Sou Danielle Bevilaqua, psicóloga, mulher e apaixonada pelas artes. Já tive outros blogs antes, mas aqui quero algo diferente: um espaço de troca real. Escrevo porque acredito que meus anos de estudo e vivência me deram um olhar sobre o mundo que vale a pena compartilhar.
Meu ponto de partida
Antes de tudo, acho importante me apresentar — ou melhor, explicar de onde falo. Somos atravessados por nossos papéis e experiências, e isso influencia a forma como escrevemos, sentimos e pensamos.
Além de psicóloga, sou mãe, filha, irmã, esposa, amiga… Todas essas vivências moldam meu olhar e a forma como enxergo o mundo. Também me reconheço como mulher branca, com os privilégios e limites que essa posição carrega.

Brinco sempre que sou psicóloga por formação, mulher por natureza e amante das artes por opção.
Descolonizar os afetos
Acredito que nossos afetos — aquilo que sentimos, como reagimos, como cuidamos — são moldados social e culturalmente. São construídos dentro de um sistema que carrega marcas do colonialismo, do machismo e de outras opressões.
Falar em descolonização dos afetos é questionar esses padrões internalizados. É entender como nossas emoções foram ensinadas, cobradas, escondidas ou reforçadas. No meu caso, a maternidade me fez refletir muito sobre isso: o quanto se espera da mulher o papel de cuidadora, o quanto somos cobradas a sermos doces, bonitas, fortes — tudo ao mesmo tempo.
Como psicóloga...
Sempre me intriguei com perguntas como: por que agimos por impulso quando estamos com raiva, mesmo sabendo que podemos nos arrepender?
Na psicologia e na psicanálise encontrei caminhos para entender essas reações. A teoria psicodinâmica nos ajuda a perceber como nossas histórias, experiências e emoções moldam nossas escolhas e atitudes. Emoções como medo, raiva ou alegria não são “simples reações” — elas influenciam diretamente nossas decisões, muitas vezes sem que percebamos.
Compreender isso é o primeiro passo para fazer escolhas mais conscientes e viver com mais equilíbrio.
Como amante das artes...
A arte tem o poder de nos tirar da superfície. Ela provoca, inquieta, emociona. Nos permite entrar em contato com o que sentimos, dar forma ao que não sabemos explicar, compartilhar com o outro aquilo que nos atravessa.
Criar ou apreciar arte é também um exercício de cura. É catarse. É resistência. É construção coletiva. Através da arte, encontramos sentido, nos conectamos com outras pessoas e enxergamos o mundo com novas lentes.
Como mulher...
A construção do que significa “ser mulher” é carregada de expectativas e cobranças. Como dizia Simone de Beauvoir, “não se nasce mulher, torna-se”.
A partir das ideias de Valeska Zanello, penso muito sobre como fomos educadas a cuidar, ceder, acolher — muitas vezes em detrimento de nós mesmas. Isso tem um peso enorme na saúde mental das mulheres. A dificuldade de dizer “não”, o sentimento de culpa, a exaustão invisível… tudo isso é fruto de uma construção social.
Então, te pergunto: quais escolhas você fez de forma livre? Quais foram motivadas pela obrigação ou pelo medo? O que você tem acolhido além do que dá conta?
Pra concluir…
Quem nunca se perguntou: “Por que eu ajo assim?” A psicologia nos ajuda a encontrar essas respostas. Nem sempre são fáceis, nem sempre são definitivas — mas elas nos fazem crescer.
E você, já achou alguma resposta sobre si mesma(o)? Me conta nos comentários. Vamos conversar e aprender juntos sobre essa loucura que é ser humano.
Para auxiliar você nessa importante jornada de autoconhecimento, a psicóloga e psicanalista Danielle Bevilaqua criou com muito carinho o nosso blog. Explore todos os seus conteúdos! | BLOG ANSIOSAMENTE
Se precisar, estou à disposição!
📚 Leitura Recomendada
Autora: Maria Rita Kehl
Por que ler: A autora propõe uma reflexão sobre como o sofrimento psíquico está conectado ao modo como a sociedade contemporânea lida com o tempo, o sucesso e o afeto. Uma leitura potente para quem busca compreender o lugar da tristeza e da escuta em tempos acelerados.
🔗 Referência externa sugerida:
OMS – Saúde Mental: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/mental-health-strengthening-our-response
Ministério da Saúde – Saúde Mental: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/mental
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