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Bem-vindos aos meus pensamentos, insights e dicas que por ventura acho interessante compartilhar aqui neste blog, o AnsiosaMente!

Atualizado: 30 de jan.

Quem sou eu? Como me entrelaço com os temas de Saúde Mental: Psicologia, Psicanálise e Psicoterapia? Porque decidi repaginar o blog AnsiosaMente?


Por Danielle Bevilaqua, blog AnsiosaMente


Neste momento acho interessante contextualizar quem sou eu, ou seja, qual é o meu lugar de fala enquanto pessoa no mundo. Afinal, são muitos espaços e muitas óticas possíveis compondo como os conteúdos dos textos serão trabalhados.


Portanto, eu que já fiz outros blogs e não tive grande intento de sua continuação... Já aviso que compartilho por gostar de troca. Acredito que meus anos de estudos me trouxeram um olhar para a vida e esse viés, minha paixão, sinto necessidade de dividir com outras pessoas.


Psi Danielle Bevilaqua psicologo online

Brinco sempre que sou psicóloga por formação, mulher por natureza e amante das artes por opção.

Trago em minha vida outros papéis e funções que, também, talharam meu olhar e meu viver no mundo. Amiga, irmã, mãe, esposa, amiga, namorada, filha e outros tantos.


Com isso, sei que possuo um olhar que luta pela descolonização de alguns afetos que, por ora, ainda ou sempre, possam estar inerentes a mim. Pois estou consciente que sou atravessada pelos meus afetos e afetada por eles.


Reconheço que nossos afetos, moldados por culturas, histórias e experiências, são construídos socialmente e influenciados pelos resquícios do colonialismo. A descolonização, portanto, é um processo individual e coletivo de identificação e desafio a padrões internalizados.


Sendo uma mulher branca, mãe e psicóloga, minha visão sobre a descolonização dos afetos é permeada pelas experiências de sexismo, feminilidade e os enredos de contextos sobre família, muitas vezes idealizados e heteronormativos. A maternidade, por exemplo, me permitiu refletir sobre como os cuidados e os afetos são construídos socialmente e como a invisibilização das emoções femininas e a pressão por conformidade a padrões de beleza e comportamento moldam minha compreensão dos afetos. Embora minha perspectiva seja válida e importante, reconheço que ela é limitada pelas minhas próprias experiências e identidades, especialmente pelos privilégios associados à minha classe e raça.



Sou instigada por muitas perguntas e tenho um forte desejo de tentar respondê-las, mesmo que seja um esboço inacabado. Não tenho a pretensão de solucionar grandes enigmas da sociedade. Contudo, vejo a importância de nos guiarmos na vida por alguns princípios e valores que são fundamentais para responder questões como: De que forma a colonização moldou o modo como entendemos e expressamos os afetos? Quais as consequências disso para as relações humanas? Qual é o meu víes ao olhar para o mundo?


Como psicóloga...


Sempre me questionei por que, em momentos de raiva, agimos de forma impulsiva, mesmo sabendo que podemos nos arrepender depois?


Percebi na psicologia, com seu foco na compreensão da mente humana, e na psicanálise, com sua exploração do inconsciente, a oferta de ferramentas poderosas para desvendar os mistérios que nos movem. Pois, a teoria psicodinâmica valoriza como cada pessoa, com sua história única e experiências, desenvolve uma forma particular de perceber e interagir com o mundo.


Entendo que, as emoções, como o medo, a raiva ou a alegria, exercem um papel fundamental em nossas decisões. Em situações de estresse ou incerteza, por exemplo, nossas reações podem ser impulsionadas por emoções intensas, o que nos leva a agir de forma impulsiva e, muitas vezes, irrefletida.


Essa compreensão não apenas nos permite entender melhor a nós mesmos, mas também nos ajuda a desenvolver estratégias para lidar com nossas emoções e tomar decisões mais conscientes.


Penso que a psicanálise, com seus diversos autores, nos oferece uma rica gama de perspectivas para embasar a compreensão da psicologia sobre a mente humana. A compreensão das relações objetais, por exemplo, é fundamental para o trabalho clínico com pacientes que apresentam dificuldades em estabelecer vínculos saudáveis.

Como amante das artes...


A arte, em suas diversas manifestações, nos convida a transcender a realidade cotidiana, transportando-nos para outros mundos, tempos e dimensões. Além de explorarmos realidades alternativas, a arte nos permite mergulhar em nosso mundo interior, confrontando nossos sentimentos mais profundos e questionando nossa própria existência.


Ao desafiar nossas percepções e questionar as normas sociais, a arte nos incentiva a pensar criticamente e a expandir nossos horizontes. Essa capacidade de provocar reflexão e questionamento a torna uma ferramenta poderosa para a transformação individual e social.


A criação artística, seja individual ou coletiva, pode ser uma forma de catarse, permitindo-nos expressar e liberar emoções reprimidas. Ao dar forma aos nossos sentimentos e experiências, encontramos um sentido mais profundo para a vida e podemos superar desafios e traumas.


Além disso, a arte nos conecta com outras pessoas, promovendo o diálogo e a empatia. Ao compartilhar nossas experiências estéticas, construímos laços comunitários e fortalecemos o senso de pertencimento.


A arte, em sua diversidade, nos oferece a possibilidade de encontrar inspiração, refúgio, um meio de expressão e uma busca por significado. É através dela que podemos construir um mundo mais justo e humano, celebrando a nossa singularidade e a nossa interconexão.


Como mulher...


Exploro conteúdos que podem ser visto como estruturantes para a formação de nossa personalidade pela identificação com o papel social de mulher. Já dizia Beauvoir, não nascemos mulher e sim tornamo-nos!


Seguindo a linha de pensamento de Valeska Zanello, percebo que a pedagogia afetiva, que se aplica de forma heterocentrada, molda o modo como nos tornamos mulheres, impondo-nos o papel de cuidadoras primordiais. Essa expectativa, muitas vezes invisibilizada, sobrecarrega as mulheres e contribui para o esgotamento, limitando suas possibilidades e sonhos.


Quais pessoas, situações ou dificuldades você tem acolhido? Quais escolhas você fez por livre e espontânea vontade e quais foram influenciadas por sentimentos de obrigação ou constrangimento? Para muitas mulheres, dizer não pode ser um desafio, devido às expectativas sociais e à internalização de papéis de cuidadoras. Essa sobrecarga emocional e física impacta diretamente na saúde mental e no bem-estar feminino.


Conclusão...


Quem nunca se pegou pensando: "Por que eu faço isso?" A psicologia nos ajuda a desvendar alguns mistérios e entender um pouco mais sobre nós mesmos.


E você, já encontrou alguma resposta para suas próprias perguntas? Compartilhe suas ideias nos comentários e vamos juntos aprender muito sobre a loucura que é ser humano!

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